Quem são os "melhores"?

As idéias e pensamentos que basearam a confecção desta postagem há muito tempo que povoam minha mente. Com toda aquela cerimônia de premiação dos “melhores” (e sempre vou usar “melhores” entre aspas), decidi que era a hora de expressar a minha opinião pessoal sobre o assunto, esperando que outras pessoas vejam aqui nestas palavras seus próprios sentimentos com relação ao assunto.

“Ser o melhor” ou “fazer o melhor”? Existe diferença entre estas colocações?

Talvez “ser o melhor” seja uma conseqüência quando se tenta “fazer o melhor”; e fazer o melhor é ter persistência para superar todas as dificuldades do dia-a-dia.

Mas espera aí um pouco. Alguém aí tem dificuldades? Que pergunta mais ridícula. É lógico que todos, ou a grande maioria, enfrentam diversas dificuldades todos os anos, todos os meses, todas as semanas e todos os dias de nossas vidas, e estas dificuldades são majoradas quando se aceita o desafio de um curso superior.

Será que dá pra fazer uma relação de “pedras no caminho” encontradas? Nem sei por qual delas começar. Vou tentar, mas certamente esta relação não será esgotada:

Dinheiro para a mensalidade + falta de tempo para estudar + conciliar faculdade + trabalho + lazer + família + namorada(o) / esposa(o) + filhos + paciência + cansaço do corpo e da cabeça + morar longe + viajar todos os dias pra outra cidade + pressão por resultados e atitudes + etc + etc + etc.

Todos os meses colocar o rosto na janelinha da tesouraria entregar 90% do salário, sair do trabalho esgotado e ir direto pra faculdade, não ter tempo pra ficar com os amigos ou praticar o esporte preferido, não ver os pais, filhos e outros familiares, fazer longos trajetos todos os dias até a faculdade são exemplos de coisas que temos que aprender a suportar. E suportamos até aqui, por 4 anos e meio.

E isso tudo sem esquecermos que temos que “SER OS MELHORES”. Mas como? Podem me dar exemplos de superação dos mais variados tipos, casos de pessoas que venceram dificuldades muito maiores que estas, mas acredito que estes sejam exceções.

Contento-me, e isto eu falo sem nenhum receio, em “FAZER O MELHOR” que eu possa ou consiga, e me considero um vencedor, como todos aqueles que estavam ontem na “platéia”, aplaudindo os eleitos.

Todos somos vencedores, com maiores ou menores dificuldades, somos vencedores, independente de um número na tela de um terminal de consulta. 10? 9? 6? Qual a diferença no mundo real? Uma desclassificação em um concurso? Pelo menos você tentou, fez o melhor que podia. Passar ou não passar é conseqüência.

Orgulhemo-nos de nós mesmos e façamos sempre o melhor que pudermos. O que vier, é lucro. Pelo menos ninguém poderá dizer que não tentamos.

Notas:

1) Desculpem-me a grande quantidade de aspas no texto. Preciso corrigir esta mania;

2) Desculpem-me também o grande período sem postagens minhas aqui no Blog. Andei meio desanimado. Peço a você, que tem a honra de ter o nome na relação de colaboradores que faça jus a isso, colaborando efetivamente na manutenção deste nosso veículo de comunicação tão poderoso.

3) Pra finalizar, fim.