Depois dos posts dos colegas Anderson e Andréia, quero deixar meu ponto de vista, para reflexão.
Recebi um e-mail da colega Célia, pedindo que eu postasse o seguinte texto de sua autoria. Aí vaí:
"Se estamos vivendo dias de selvageria, de verdadeira terra sem lei, é porque a sociedade praticou a pior de todas as violências: a exclusão. Excluir alguém é torná-lo invisível aos olhos da sociedade. Foucault já alertava sobre o perigo da exclusão dos indivíduos que se entregavam à criminalidade. Ao se construir prisões com grandes muralhas, fora das cidades, o que a sociedade queria era excluir estes indivíduos de seu convívio, como se dissesse: “afaste-o de mim, para que não me incomode, se não o vejo, não tenho que me preocupar com ele. E desta forma, vem ocorrendo ao longo dos tempos. Ninguém se preocupa com excluídos, estes só se tornam visíveis, quando cometem crimes de grande repercussão na mídia, aí sim, toda a sociedade passa a se preocupar com eles, buscando meios de “endurecer” as normas, porque afinal, temos que torná-los invisíveis novamente, e de preferência, de maneira definitiva.
Por favor, não entendam que eu esteja a favor dos criminosos, eu estou é a favor do cidadão. Não precisamos de leis mais rígidas, precisamos é encontrar meios efetivos de tornar todo cidadão visível para a sociedade, afinal quem é invisível não tem necessidade de seguir normas, por mais duras e pesadas que sejam. Como médica, sempre acreditei muito mais em medicina preventiva do que curativa, se você puder evitar que a doença se instale, não precisará utilizar remédios caros e amargos. Pensemos nisto, todos os dias, não só quando a imprensa transformar um “João” em mártir, porque além de João, há muitos Josés, Antônio, Marias, Beneditas...que seguem invisíveis por aí!"
Por favor, não entendam que eu esteja a favor dos criminosos, eu estou é a favor do cidadão. Não precisamos de leis mais rígidas, precisamos é encontrar meios efetivos de tornar todo cidadão visível para a sociedade, afinal quem é invisível não tem necessidade de seguir normas, por mais duras e pesadas que sejam. Como médica, sempre acreditei muito mais em medicina preventiva do que curativa, se você puder evitar que a doença se instale, não precisará utilizar remédios caros e amargos. Pensemos nisto, todos os dias, não só quando a imprensa transformar um “João” em mártir, porque além de João, há muitos Josés, Antônio, Marias, Beneditas...que seguem invisíveis por aí!"
2 comentários:
parabéns pelo post Célia, muito bom mesmo...
O post de minha colega Célia, é a mais pura realidade.. vivemos em tempo de bárbarie.. em tempos de descrença.. em tempos de dor e de sangue. O homem, esse ser "racional", esqueceu-se do fundamental: o viver bem. Nossa sociedade é louca, igual à uma prostituta desvairada, implorando por atenção. Nossas leis são lacônicas para assuntos extremos e importantes, e exagerada e atenciosa para os segundos planos. Enfim, amigos, muito me entristece essa nova estirpe, esse novo estigma social: cidadão de bem na cadeia, bandido na rua... e enquanto isso regredimos como seres humanos. Quem sabe um dia chegaremos ao fundo do abismo, e retornaremos a ser seres primitivos, e aprenderemos a política do bom viver novamente!!!
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